quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Evolução (!?) do Ser Humano


Há muitas coisas que nos pesam a alma, tornam-nos cansados, lentos e impacientes, fazem-nos zumbis. Andamos sem direção, sem destino, como que para lugar nenhum. Nada questionamos e nas poucas vezes que o fizemos as respostas que obtivemos - boas ou ruins-, não mudam em nada nossas mentes e não nos demovem um milímetro de nosso caminho febril e de nossa direção (que direção) constante. A informação tomou o lugar de tudo, nobre, ofensiva, dramática, mordaz, engraçada, irônica, invade nossas vidas, toma de assalto nossa privacidade, encontra-se com o óbvio e o torna detestável, sem escrúpulos, sem perdão. A intimidade virou extimidade. Nosso cérebro move-se tal como uma máquina. Não inteligente, com movimentos precisos e raciocínio rápido, mas insensível, entorpecida e com movimentos calculados. Nada lhe comove. Nada lhe enfurece. Nada lhe emociona.

Nossos corações foram substituídos por cofres, nossas mãos por ferramentas de trabalho, nossos pés por velozes e furiosas rodas. Evoluímos ou involuímos?

Tornamos-nos máquinas de nós mesmo e já nascemos obsoletos.

Daniela Dias Robalo - FEN/UFG

2 comentários:

  1. Daniela,

    Mais uma ótima mensagem você nos oferece neste pequeno-grande texto. Pequeno em extensão e grande em conteúdo, em reflexão.

    Geraldo Pereira

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  2. Putz! Que reflexão!
    Daniela, constatação cruel. No entanto, necessaria e verdadeira.
    É por causa dessa automatização do ser humano que busco, ao máximo, viver o seguinte principio: Less is more - menos e mais!
    Em vez de cofres cheios, quero corações repletos de sensibilidade e de humanidade!
    Adorei o texto!

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