A vida passa. Ou não passa?
Na descida da solidão.
No fundo, acaba a
graça da dor,
brotando sem rancor.
A melancolia nos envolve.
Sempre mais, nos seduz
em um olhar e uma lágrima
cai dos olhos, sem luz.
A vida se esvai. Sem pena, nem dó.
Cada dia, cada hora.
A vida é toda vestida de
cinza e em cinzas sem vida.
A minha vida e a tua, desperdiçadas.
Encontros sem medida.
Passou a dor, só há o vazio.
A vida é o vazio do tempo.
São mitos do calendário.
Sempre o antes, nunca o agora.
E a sua perda é uma parada
na memória.
A nossa dor, o amargor
que teima em nos lembrar:
só quem sofre sente o último
suspiro para renovar.
Leila Abou Salha-FF/UFG
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Nem tudo é como a gente quer
Eu tive uma ideia de fazer um diferencial com a minha peça teatral. Na minha estreia, a plateia assistiu e ficou entusiasmada, arremessando uma joia que ajudou-me a conhecer a comunidade europeia.
À oportunidade, em assembleia que parecia uma colmeia, pude expressar sobre a peça que iria apresentar e, logo depois da aceitação, sai de lá com um ar heroico de contentamento; pois, dentro de mim, explodia um planetoide de tamanha alegria.
Mas a alegria durou pouco. Tive uma tireoide e emagreci, assustadoramente, e foi uma panaceia para curá-la.
Enfim, só depois de tanta luta, a alegria retornou e pude brilhar nos palcos europeus.
Angelita Franke-PRPPG/UFG
Dialética da existência
São tantas as primaveras e diversidades que, com o tempo, construímos um antagonismo de vida. Parecendo que a cada momento o nosso viver tornasse uma dialética, onde o velho e o novo se entrelaçassem no complexo de antigos acontecimentos e novos conhecimentos. Descobrimos nas músicas, nos fatos, nos diários íntimos, nas cores. As correlações não são efêmeras e sim, correspondem aos significados, a partir do ponto de vista, acrescenta ou não, valor às estações.
Temos a capacidade de evoluir com situações das mais diferentes, com uma maturidade, a qual, no decorrer da vida, origina o redesenhar de conquistas dadas por Deus e a assimilação do próprio homem.
Crescer é tamanho ou capacidade? Sem dúvida, são os dois, pois basta emergir o volume de aptidão e habilidade onde conseguimos descortinar deste paraíso o mundo.
Somos espelhos e reflexos, temos a sensibilidade de mergulhar e redescobrir dentro de nós potencialidades que, de alguma forma, ameniza e intensifica, mas com um diferente sabor e/ou dissabor engendrado de fortalecimento. O tempo diferencia etapas, demonstrando a disparidade pela qual temos que caminhar.
Acredito nessa diversidade própria do nosso planeta. E por que não? Somos, em nossa essência, corpo e alma, buscando soluções e respostas para compreender a pulsação da nossa existência.
Angelita Franke-PRPPG/UFG.
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