quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Meus quinze anos

Que saudade...
Dos meus quinze anos,
Que os anos não trazem mais!
Que disposição, que animação
Naqueles dias festivos
Na companhia dos amigos,
E animados carnavais!

Como eram belos os dias!
Que se iniciavam na escola
No recreio, jogava bola
Ao final da aula, aquela agonia
Para chegar em casa ao meio-dia
E comer do almoço que mamãe fazia.

Aos fins de semana:
Cinema, shopping e matinês
Nada de boate noturna,
Pois aos olhos de alguns, éramos pueris
Pueris que nada, pensava eu
Já tinha alguma responsabilidade
Não tinha como fugir, com o avançar da idade.

Estudava inglês segunda e quarta,
Aula de segunda a sábado
De vez em quando, provas aos domingos
Tudo isso eu fazia de bom agrado
Sabia que se me esforçasse um bocado
A recompensa viria...
Em julho, férias na Bahia.

Que saudade...
Dos meus quinze anos
Transformação de menina para mulher
Alguém que começa saber o que quer
Mas não deixa os sonhos de lado
E por mais que sejam difíceis
Devem ser realizados.

Danielle Simiema Araújo – PRODIRH/UFG

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Meus dez anos

Que saudade...
Da minha infância querida,
Que os anos não trazem mais!
Que paixão, que flores,
Naquelas manhãs alegres
À sombra das mangueiras,
Debaixo dos milharais!

As tardes eram agitadas
As noites, sossegadas
Como a alma era inocente!
O rio: lagoa tranquila
O céu: algodão azulado
O mundo: fantasiado
A vida: chocolate quente!

Que escola, que ensino
Naquela cidade interiorana
Uma aluna chamada Ana
Que período de instrução!
O colégio todo murado,
O aluno: disciplinado
A professora: que gratidão!

Que fase, que lua
Queria correr pela rua,
Brincava no pátio da escola!
Em vez de preocupações
Recebia carinho da mãe
Ganhava sorvete do pai
E da avó, coca-cola!

Que saudade...
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Fazia de tudo um pouquinho
Brincava de amarelinha
Pulava de cordinha
Debaixo dos mangueirais!

Profª Me. Ana Cleide Sales. Julho/2009.

Meus corridos anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

Como são corridos os dias
O céu já escureceu
Mal começou a noite
e a vida amanheceu!

Naqueles tempos ditosos
(...)
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Providenciar, ligar
Contabilizar, pagar
De repente a música lembra:
Hora de trabalhar!

Gisele Petrillo DAA/UFG

domingo, 23 de agosto de 2009

Meus 9 anos

Ai que saudades que eu tenho
Daquela inocência querida
Que os anos não trazem mais
Perdia, ganhava, empatava
Parava debaixo dos mangueirais

Que dias tão belos e
Serenos, com meus pais
Ali correndo
Para um futuro belo me dar

Sonhos lindos, coloridos
A brincar e a pular
Debaixo da cama me escondia
Para a escola eu faltar

Diferente desses tempos
Que correndo contra o vento
Laborando em detrimento
De uma saúde a zelar
Brincava de morto-vivo
Agora vivo eu morto

Ai que saudades que eu tenho
Daquela inocência querida
Que os anos não trazem mais
Pular corda, passar bola
Amarelinha, bandeirinha
As tristezas ficavam para trás.

Aretuza P. Silva- FACE/UFG

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Meus quatro anos

Ah! que saudades de outrora...
Do alpendre de minha casa
me lembro como se fosse agora,
do pautear com meus pais
dos quatro, cinco, seis anos,
não me esqueço jamais!
Ali minha família reunia
sem pressa e sem agonia,
pra contar os casos do dia-a-dia.
Bons tempos que vou sempre lembrar
que vivia em um 'lar doce lar'.
Entoávamos canções
que aprendíamos no pré-escolar,
uma delas dizia:
"três palavrinhas só,
eu aprendi de cor..."
Naquelas tardes, meus pais
sempre nos ouvia
com paciência de jó,
e com muita educação
pra não nos desapontar,
propunha jogos de lógica,
a "palavra oculta" brincar.
Assim, as cançoes desafinadas
iam ficando pra lá.
Hoje, mesmo na correria,
minha família
faz essa terapia.
Pois também quero
ouvir de meus filhos,
o que acabei de relatar
Ah! que saudades de outrora...

Silmara Epifânia de Castro Carvalho – IME/UFG

domingo, 16 de agosto de 2009

Meus vinte anos

Oh! Que saudades que tenho!
da minha infância querida,
do tempo da ingenuidade e incerteza,
de não saber como funcionava a vida,
de ser guiada pelas mãos de meu pai,
e a qualquer tempo,
no colo de minha mãe, ser acolhida.

Como são belos os dias!
das grandes descobertas de nossa história;
andar de bicicleta, perder o primeiro dente,
ler, escrever, ir me tornando gente;
inglês, natação, coral, violino,
compromisso, disciplina,
quantas coisas para uma menina!

E a vida passa rapidamente
diante dos olhos da gente,
trabalho, rotina, compromissos e problemas
decisões para tomar, novos dilemas
é preciso enfrentar sozinha essa fase adulta da vida,
podendo contar, às vezes,
com o apoio de pessoas queridas.

Os desafios sempre existirão
conforme o movimento da vida;
vinte anos se passaram,
outros vinte ainda virão
e à custa de alegria e dor,
derrotas e conquistas,
vamos aprendendo a viver por amor.


Bruna Junqueira Ribeiro
Assistente em Administração da Faculdade de Artes Visuais/UFG

Outra canção do exílio

Minha terra tem canaviais,
Onde assovia o ar;
Nenhum doce por aqui feito,
Se assemelha à rapadura de lá.

Nossos campos têm mais gado,
Nossa mesa tem mais leite;
Nossos filhos têm mais vida,
Nossa vida mais deleites.

Minha terra tem alambiques,
Que jamais encontro cá;
Nossas rodas na fogueira,
Têm viola e luar.

Não permita a mãe terra,
Que acabe meu cerrado;
Que perdurem os primores,
Cajus, mangabas e licores,
Onde cantam os cocás.

Tiago F. Oliveira IME/UFG

SAUDADES, TER OU NÃO TER

Ah! que saudades que tenho!
Da corrida no sereno,
Da torta de maçã,
Da voz da minha avó,
Menino, saia da rua!
Se não vou te dar uma surra.

Quando a chuva caia,
Ficávamos todo o dia,
Na rua a molhar.
Mas ao chegar em casa,
A 'peia' nos esperava,
E o couro a inchar.

Como eram belos os dias!
O anoitecer trazia um belo luar.
Na rua, crianças brincando,
A praça inteira movimentando,
Os casais namorando,
E os sonhos a vagar.

Ao acordar, lembro-me das travessuras,
Mas sete horas é vida dura,
É quando penso em voltar.
Voltar ao passado,
Quando não pensava em pagar,
As contas que não param de chegar.

Vicente Daniel de Sousa Neto - IME/UFG

Tarde de descanso

Numa tarde muito ensolarada, estava na rede da varanda da velha casa do sítio do meu avô, passando uns dias para aproveitar as férias e descansar do tumulto da cidade. Foi logo, após o almoço, quando todos saíram e fiquei lá, observando a natureza.

Vendo toda a generosidade que Deus nos presenteou, com aquela paisagem espetacular, veio a ideia de pegar meu material de pintura e me distrair com as tintas. Mas o que pintar? Foi a pergunta que me sondou, por alguns minutos. Decidi, então, fazer um autorretrato.

Preparei todo o material e parece que tudo travou. Nada consegui pintar. Fiquei alguns instantes a pensar, e decidi sair um pouco, para ver se a inspiração viria. Coloquei o boné e caminhei entre as árvores que cercavam a casa. Logo, abaixo das laranjeiras, avistei uma colmeia que há muitos anos vovô cultiva, para retirar o mel para seu consumo.

Namorei as árvores frutíferas que lá existem e vi a floração das jabuticabeiras. Aquilo me alegrou muito, pois é uma das minhas frutas favoritas. Alegria que não durou muito, porque vi um pássaro morto em estado de decomposição, que me causou enjoo.

Resolvi voltar para casa, pois estava ficando cansada de andar dentro da matinha e, com certo medo, também. Já, chegando em casa, ouvi um barulho das araras que alçaram voo das velhas guarirobas. Voltei para a rede.
Maria Aparecida de Almeida Silva - HC/UFG

Obama se prepara para grandes voos

O discurso, no Cairo, do recém-eleito presidente norte-americano, Barak Obama, provocou grandes repercussões no mundo todo. Com algumas indicações de que a tendência anti-islâmica e antixiita do governo estadunidense se esvazia e pelas palavras de Obama, veem-se, a princípio, bons ares para que se iniciem possíveis entendimentos e se apaziguem conflitos históricos na região.

Líderes pró-ocidentais superempolgados com o pronunciamento no encontro intergovernamental aplaudiram a atitude heroica do líder norte-americano. Por outro lado, lideres pró-orientais, mais contidos, creem que não serão as palavras auto-suficientes para extinguir da realidade mundial os sentimentos antirreligiosos, sejam anticristãos, sejam antimuçulmanos.

Portanto, palavras conduzem às ideias e às percepções, e a sociedade internacional continua a sonhar com o mundo mais tranquilo.

Gisele Petrillo - DAA/UFG

domingo, 2 de agosto de 2009

Pescado com pera


Como havia recebido algumas criticas negativas em relação às comidas que preparava em forno de micro-ondas, comecei a ficar com minha autoestima baixa. Visando solucionar este problema, tive uma ideia. Resolvi fazer um outro prato: pescado com pera.

Fui, imediatamente, ao supermercado comprar os ingredientes. Chegando lá, tive uma surpresa indesejável: tudo tinha aumentado de preço. O que era para custar menos, passou a ser mais e, consequentemente, não sobrou dinheiro, pois só tinha cinquenta reais, no bolso.

Apesar da inflação, fiz as compras. Logo, voltei para casa, e preparei o prato tão esperado. Todos gostaram e comeram à vontade. Então, fiquei bem comigo mesmo.

Sandro Alves Nogueira – IQ/UFG

Carteira de Habilitação com ética

Certa vez, Cida estava voltando para casa, depois de um exaustivo dia de trabalho. Ela havia comprado um carro semanas antes, porém ainda estava tirando a Carteira de Habilitação em uma autoescola da cidade, por isso, estava utilizando micro-ônibus para trabalhar.

No caminho, ela encontrou sua amiga Lila e contou as novidades. Durante a conversa, Lila disse que conhecia um rapaz que vendia CNH por dois mil e cinquenta reais. No primeiro momento, Cida achou a ideia maravilhosa, pois seria mais rápido pegar a carteira, contudo lembrou que isso era crime e disse para sua amiga: “Pare com isso, eu não quero ser uma presidiária, vou obter minha habilitação com meu próprio esforço. Além do mais, isso é antiético”.

Neste momento, fez-se um silêncio constrangedor. Para quebrar aquele clima, Lila concordou com a opinião de Cida e ofereceu-lhe uma pera. Cida, que tinha ficado nervosa, sorriu, pediu desculpas e aceitou. Para se redimir, convidou Lila para jantar e, depois desse dia, a amizade delas se fortaleceu, cada vez mais.

Aretuza P. Silva
– Assistente em Administração/UFG