domingo, 16 de agosto de 2009

SAUDADES, TER OU NÃO TER

Ah! que saudades que tenho!
Da corrida no sereno,
Da torta de maçã,
Da voz da minha avó,
Menino, saia da rua!
Se não vou te dar uma surra.

Quando a chuva caia,
Ficávamos todo o dia,
Na rua a molhar.
Mas ao chegar em casa,
A 'peia' nos esperava,
E o couro a inchar.

Como eram belos os dias!
O anoitecer trazia um belo luar.
Na rua, crianças brincando,
A praça inteira movimentando,
Os casais namorando,
E os sonhos a vagar.

Ao acordar, lembro-me das travessuras,
Mas sete horas é vida dura,
É quando penso em voltar.
Voltar ao passado,
Quando não pensava em pagar,
As contas que não param de chegar.

Vicente Daniel de Sousa Neto - IME/UFG

3 comentários: