domingo, 26 de julho de 2009

Domingo de manhã

Frio em Goiânia, uma raridade. Domingo pela manhã, cobertor quentinho, a corrida de fórmula um está para começar. De repente, como em um passe de mágica, aquela senhora com quem me casei há vinte anos se levanta parecendo o Batman, toda de preto, dá um salto mortal feito o bruce lee e me tira da cama para fazer compras. Ah! Se soubesse disso em mil novecentos e oitenta e nove. Levantei furioso. E, como lá em casa sempre tenho a última palavra, respondi brutalmente feito o maior primata da terra: Já vou meu bem! Peguei aquela calça de sábado que quase dormi com ela e fui com a dona encrenca.
Na lista de compras tinha entre outras coisas: linguiça, arroz, feijão, muito bacon (para o incrível hulk que estava verde de fome ao meu lado, e olhando se alguma gatinha me dava moral), chuchu (para dieta, até parece), carne bovina de toda qualidade, suína, frango. Nossa! Desse jeito ela vai me quebrar. O hipermercado estava cheio, todos os maridos presentes, namorados, noivos, pareciam “zumbis”. Passei pelo extrato de tomate e pensei: Será que o Massa largou bem? Mais na frente, esbarrei em uma velhinha que estava parando todo o trânsito, não sei por qual motivo, lembrei do Barrichelo.
Estava em paranoia. Quando ela me pediu para entrar na fila do pão, quase tive um ataque. A fila estava imensa. Meu Deus! Me deram senha, contrassenha. Já estava a um passo da loucura, enquanto a bonita comprava antirrugas, como se fosse adiantar alguma coisa! Ao chegar em casa, a corrida já tinha terminado, só estava o Galvão Bueno exaltando o Janson Button. Sentei no sofá, muito furioso, quando ela gritou lá da cozinha que a ultrassonografia de nossa filha havida dado positivo. Pelo menos uma boa notícia.
Vicente Daniel de Sousa Neto

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