quinta-feira, 25 de março de 2010

De quem é a culpa?


No Brasil, a linha tênue que separa a intolerância da barbárie é a mesma que divide a tolerância da indiferença. Este par de opostos é revelado e percebido, através de acontecimentos recorrentes que impressionam, mas não mais surpreendem a sociedade brasileira.

Diariamente notícias e relatos sobre violência, corrupção, fome, desemprego, miséria, impunidade, são anunciadas pela mídia, aumentando a sensação de insegurança e impotência experimentada pela população que está, cada vez mais, assustada e apática frente às transformações do mundo moderno. Onde procurar as causas do sofrimento dos famintos e doentes? Quem culpar pela dor e angústia provocada pela violência e pelo tráfico? Como responsabilizar os representantes corruptos e injustos? No Brasil, assim como no restante do mundo, essas perguntas são reformuladas a cada nova geração de problemas e conflitos sociais que se apresentam transformando o cotidiano dos cidadãos, que anseiam por soluções urgentes capazes de possibilitar a organização de planos, a concretização de projetos de vida e a realização de sonhos, muitas vezes interrompidos por ações intolerantes e reações indiferentes. A insegurança se constituiu a palavra de ordem. Estamos perdendo as expectativas, as esperanças, o controle. Estamos sobrevivendo, tentando superar as incoerências, diante das incertezas do próximo minuto.

A vida em sociedade e a convivência entre instituições e indivíduos devem ser permeadas de respeito, com reconhecimento das diferenças; só assim, poderemos vislumbrar um mundo melhor. Portanto, identificar e solucionar os problemas advindos das relações humanas é uma função coletiva.

Ludimilla Otaviana de Sousa e Silva
Assistente em Administração do Instituto de Física/UFG.

2 comentários:

  1. Ludimilla, teu texto está postado. Finalmente!

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  2. Ludimilla,
    Viver é difícil diante de tantas adversidades. Somos vitoriosos por estarmos aqui e temos a obrigação de colaborar para mudarmos o mundo através de nossos gestos e atitudes. Parabéns pela revolta, não sejamos apáticos! Leila

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